Ás vezes é preciso parar. Respirar. Andar devagar. Sentir o cheiro doce do ar de fim da tarde de primavera.
Ás vezes é preciso deixar molhar um dedo e outro... e por fim a mão inteira no rio que passa mesmo ao lado e sentir a força da água... que corre mesmo que o mundo pare.
Ás vezes é preciso olhar. Olhar com olhos de quem quer ver e não como quem passeia o olhar.
Ás vezes é preciso sentir. Sentir o que está à nossa volta e que tantas vezes é invisível para quem tem pressa.
Ás vezes é preciso bater à porta e perguntar:
- Está alguém aí dentro?
Ás vezes o que levas dentro de ti só está adormecido...