Todos os factos relatados neste post são verídicos.
19h00 – Em casa, preparada para uma noite de descanso, sem vontade de sair, depois de uma semana agitada e confesso, estava um bocadinho triste...
Toca o telefone e eram a Bela e a Zamy a convidarem-me para ir ao cinema.
- Em quinze minutos passamos aí, vamos jantar e depois cinema!
- OK. Tou um bocadinho cansada, mas vamos embora!
19h20 – Olho duas vezes pela janela sei que estão lá em baixo mas não vejo o carro que está parado à frente do caixote do lixo. Ligo para a Bela e ela diz que estão lá embaixo à minha espera. Saio a correr pela escada abaixo.
19h21 – Entro no carro da Zamy, que trouxe o carro do marido que está fora de Portugal a trabalhar, para o carro não ficar parado muito tempo, que se estraga (toda a gente sabe isso)
19h25 – Depois dos cumprimentos, conversa vai, conversa vem... a Zamy tenta ligar o carro, uma vez. Duas vezes. Três vezes. Nada.
Eu saio do banco de trás e digo:
- Deixa que eu ligo. (A pensar que era a “boa” e que comigo ia funcionar!!!)
Tento uma vez. Duas vezes. Três vezes. Nada. Desligo o carro, aperto o botão stop, tiro o cartão. Não fosse eu da indústria informática (penso: desligo tudo e volto a ligar), tipo um “Restart”... nada.
Ela sai do carro pega no cartão, liga, desliga, nada.
19h30 – Ela diz
- Ok, vou ligar à assistência, eles vêm, deve ser a bateria, carregam e saímos. Se não for, levam o carro e vamos no teu.
Freneticamente à procura dos papéis do seguro, nós as três, encontrámos. Ligamos para a Seguradora, que pede alguns dados e diz que volta a ligar em alguns minutos.
19h40 – A senhora seguradora liga, volta a confirmar os dados e diz que a assistência vem à caminho.
19h45 – A Zamy lembra-se de que o carro está na garantia, que ainda não tem 2 anos e portanto liga para a assistência da marca. O telefone toca, toca, toca e ninguém atende, quando a Zamy diz em alto e bom som que “se fosse de morrer, já tinha morrido”, um Sr. (nota: ouviu a frase) atende o telefone e diz para cancelar a assistência do seguro, porque o carro está na garantia e dá o número de um outro Sr., que supostamente é o técnico que vai ter connosco para arranjar o carro ou levá-lo ao stand.
19h48 – Ligámos para a seguradora a cancelar a assistência, ligámos para o número que o sr. da assistência da marca tinha dado, explicamos a situação e eis a resposta:
- Eu não vou porque estou com febre. Mas a Sra. liga outra vez para a assistência da marca que eles arranjam alguém para ir.
19h49 – Lá vamos nós outra vez... falámos mais uma vez com eles que garantem que daqui a alguns minutos iremos receber uma chamada do Sr. do reboque. Toca a procurar os documentos do carro para dar a matrícula etc. etc. etc...
19h55 – Liga o Sr. do reboque e ao mesmo tempo que fala com a Zamy está aos berros com os colegas a dizer para se calarem que ele estava ao telefone (nomes pelo meio)... e pergunta onde estamos. Explicamos como se chega à minha rua e esperamos...
20h00 – Liga o marido da Zamy. Eu não aguento e parto-me a rir sem parar, lágrimas a cair, dobrada de tanto rir no banco de trás. A Bela teve imediatamente a mesma reacção e a Zamy...idem! Não conseguia explicar onde estava, o que estava a fazer, o que tinha acontecido com o carro, para onde íamos etc. O Tó, do outro lado da linha pergunta logo se somos nós que estamos com ela, ela diz que sim e que não pode falar porque o Sr. do reboque está a ligar em chamada de espera ao mesmo tempo e manda-o desligar...
21h03 – Chega o Sr. do reboque. Entra no carro. Põe o cartão...
E o vira-casaca do carro FUNCIONA!!!!!!!!!!
Assim, à primeira... não é normal.
Eu como sempre tive uma crise de riso no meio da rua... seguida pela Bela...
A Zamy coitada, só pedia desculpas ao homem, com a cara no chão...
21h05 – Entramos no carro. Não vamos ao cinema, vamos só jantar.
Eu digo:
- AS TRÊS PATETAS.
A Zamy diz:
- O homem pensou que estávamos a gozar, olhou para mim e disse que eu podia ir embora que o carro não tinha nada.
A Bela só consegue rir.
21h10 – Entramos no restaurante
21h20 – Liga o marido! O Tó fala com a Zamy, fala com a Bela, fala comigo e não percebe nada do que se passou, diz que a culpa é nossa, que o carro estava sei lá o quê, não percebí o nome da coisa que ele estava a falar..., desliga, pedimos, jantamos, rimos de tudo o que se passou.
23h00 – Saímos do restaurante e vamos em direcção ao carro. Sinto-me em câmara lenta a pensar... “Deus queira que pegue”...
23h02 – Pegou!!!! Ufff que alívio.
Vamos às bombas porque a Zamy precisa por água no recipiente (não sei o nome, essa coisa dos carros é uma chatice) que faz sair água para limpar os vidros do carro.
23h10 – Nas bombas. Procuramos a alavanca que abre o capô (não sei se é assim que se escreve), a Zamy encontra, eu e a Bela continuamos a rir.
Ela vai lá para fora, não consegue abrir o capô.
Eu (a boa) saio do carro para ajudar, népia.
A Bela sai do carro.
Estamos as três do lado de fora. Cada uma tenta à sua vez.
23h20 – Desistimos.
23h30 – Estou em casa. Estou cansada. Mando um e-mail importante e escrevo este post.
Quero dormir.